O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter realizado exercícios de defesa aérea envolvendo jatos interceptadores depois que o aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, foi forçado a suspender todos os voos nesta terça-feira (28) por uma hora.
O governo local anunciou o fechamento em seu canal oficial do Telegram sem fornecer um motivo para a suspensão, já que relatos não confirmados da mídia disseram que um objeto não identificado, como um drone, foi avistado na área.
Autoridades da cidade disseram mais tarde nesta terça-feira que os voos foram retomados e que uma proibição temporária do espaço aéreo em um raio de 200 quilômetros de Pulkovo foi suspensa às 12h, horário local (6h em Brasília).
Em um comunicado divulgado cerca de uma hora após o reinício dos voos, o Ministério da Defesa da Rússia disse que estava conduzindo exercícios, que envolviam o envio de caças, no espaço aéreo ocidental da Rússia.
“Durante o treinamento, as forças de defesa aérea trabalharam na detecção, interceptação e identificação de alvos, bem como na interação com serviços de emergência e agências de aplicação da lei”, disse o ministério, segundo agências de notícias russas.
Informou ainda que os planos de caça realizaram ataques simulados como parte do exercício de treinamento. Os exercícios não foram anunciados anteriormente e fizeram com que vários voos mudassem de rota e as companhias aéreas reprogramassem os planos de voo para o resto do dia.
Dados do site FlightRadar24 mostraram vários voos com destino a São Petersburgo voltando para seus destinos na terça-feira, enquanto o fechamento do espaço aéreo também afetou voos a caminho do enclave russo de Kaliningrado, que exige que os aviões sobrevoem São Petersburgo.
Por volta das 12h, horário local, os voos voltaram a voar em direção a São Petersburgo e as aeronaves começaram a pousar e decolar no aeroporto.
Em um comunicado após a retomada dos voos, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, se recusou a comentar as causas da interrupção de uma hora, mas disse que o presidente Vladimir Putin foi mantido totalmente informado sobre a situação.
(Edição de Andrew Osborn)