O maior país da América Latina segue sendo o principal alvo de ataques hackers no continente e um dos principais no panorama global. O Brasil sofreu 357.422 ataques no segundo semestre de 2023, ante 328.326 no primeiro semestre do ano passado — um aumento de 8,86%.
Entre os principais setores atingidos no Brasil no período, a telecomunicação sem fio segue liderando com 82.065 ataques, um aumento de 142.47% em relação ao primeiro semestre de 2023, quando foram contabilizadas 33.846 investidas. Continuam no top 3 o transporte de cargas, com 25.620 registros, e processamento de dados, com 25.130, com poucas alterações desde o último relatório.
Os dados são do mais recente Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, que é a líder global em soluções de cibersegurança, divulgado nesta semana.
A duração média de cada ataque é de 29 minutos, que é o tempo em que os criminosos ficam no sistema invadido.
Em comparação com os demais países da América Latina, o Brasil sofreu cerca de 4,3 vezes mais ataques que a Argentina, segunda colocada, com 82.749 ataques, e cerca de 4,6 mais que o Peru, terceiro mais atacado, com 74.531.
No âmbito global, o Brasil é o segundo país do mundo com mais ataques, atrás apenas dos Estados Unidos, com 1.168.456 de ataques; e a Coreia do Sul em terceiro, com 333,516 registros.
O relatório aponta os 26 diferentes vetores de ataques usados: TCP ACK, amplificação DNS, TCP RST, amplificação TCP SYN/ACK e ICMP.
Segundo a empresa que faz o relatório, as informações do documento são coletadas a partir da visibilidade sem precedentes da internet da NetScout em escala global, coletando, analisando, priorizando e difundindo dados sobre ataques DDoS de 214 países e territórios, 456 indústrias verticais e mais de 13.000 Números de Sistemas Autônomos (ASNs, siglas em inglês).
Os ataques DDoS têm como objetivo tornar algum sistema indisponível para alguma finalidade dos hackers.