O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, quer que o Brasil volte a ter uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O país vai se candidatar para reconquistar o mandato de membro em 2024. O pedido foi encaminhado à ONU nesta segunda-feira, 27.
Em sua primeira agenda internacional, Almeida disse que o Brasil está de volta para resgatar “as pautas humanitárias com importância internacional”, como a discussão sobre diversidade sexual e sobre casos análogos ao trabalho escravo.
O ministro criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e mencionou os assassinatos de Marielle Franco, Bruno Pereira e Dom Phillips. Almeida disse ainda que a gestão anterior deixou um “quadro escandaloso de desmonte, negligência e crueldade”.
Almeida se comprometeu a reavaliar as 306 recomendações feitas recentemente pelo Conselho da ONU. “Precisamos não só erradicar a pobreza, mas também promover a dignidade do trabalho e do lazer”, declarou. “Mesmo os privilegiados vivem de forma insegura e adoecidos por um modo de produzir e distribuir riqueza que não deixa vencedores.”
O ministro também propôs uma “aliança contra o ódio” nas redes sociais. Segundo Almeida, a “extrema direita e o fascismo” se articulam através das redes sociais, “que não conhecem fronteiras”. “É nossa missão fazer com que o amor, a solidariedade e a paz também não conheçam fronteiras”, defendeu o ministro.