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Casa Destaque Dra. Janifer Trizi comemora nova decisão do FDA sobre reposição hormonal: “uma vitória”

Dra. Janifer Trizi comemora nova decisão do FDA sobre reposição hormonal: “uma vitória”

por Altair Campos
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Demorou mais de duas décadas, mas finalmente chegou o dia em que a medicina corrigiu um capítulo duro da história da saúde feminina. Depois de anos de medo, incertezas e tratamentos suspensos, o FDA, órgão regulatório mais importante do mundo, revisou sua posição e retirou o alerta máximo que por tanto tempo pairou sobre a reposição hormonal para a menopausa.

Esse movimento não é apenas um ajuste técnico; é um marco emocional, científico e social. Ele simboliza o reconhecimento de que milhões de mulheres viveram receosas, muitas vezes sofrendo em silêncio, acreditando que escolher qualidade de vida era arriscar o próprio corpo.

A mudança acontece 23 anos após o fim do estudo WHI, pesquisa que ganhou repercussão mundial ao associar a terapia hormonal a riscos como câncer e complicações cardiovasculares. Na época, o impacto foi imediato: médicos pararam de prescrever, pacientes interromperam tratamentos, e a menopausa, já cheia de desafios naturais, se tornou ainda mais dolorosa.
Hoje, especialistas reconhecem que o estudo tinha vieses importantes: as participantes eram mais velhas, muitas já tinham doenças pré-existentes, e os hormônios utilizados eram sintéticos, diferentes dos bioidênticos mais seguros empregados atualmente.

É por isso que médicos que continuaram estudando, pesquisando e acompanhando pacientes ao longo dos anos recebem a notícia com senso de vitória, não profissional, mas humana.Como ressalta a médica ginecologista e especialista em medicina funcional e integrativa Dra. Janifer Trizi, essa revisão chega tarde, mas chega carregada de justiça. “O FDA só veio se reportar 23 anos após o final do estudo WHI, que causou um desserviço para as mulheres, cujos médicos acreditaram nesse estudo cheio de vieses”.

Ao longo desse período, muitas mulheres perderam qualidade de vida, autoestima, vitalidade, sono e até autonomia. Mas também houve aquelas acompanhadas por profissionais que permaneceram confiantes nos avanços da ciência, que seguiram com a reposição hormonal bioidêntica, e hoje representam uma prova silenciosa, porém poderosa, de seus benefícios.
“Houveram médicos antecedentes a esse estudo que continuaram e acreditaram nos benefícios causados pelo uso da terapia de reposição hormonal bioidêntica. E hoje, graças a esses médicos, temos comprovações reais de mulheres que já fazem reposição há 20, 30, 40 anos sem apresentarem demência, osteoporose, problemas cardiovasculares ou síndromes metabólicas.”, acrescenta.

A revisão do FDA traz algo maior que uma autorização: ela devolve às mulheres o direito ao diálogo, à escolha, ao cuidado individualizado e ao envelhecimento com saúde e não com resignação. Porque menopausa não deveria ser sinônimo de sofrimento. E saúde hormonal não deveria ser tabu e sim uma ferramenta de vida.

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