O governo do Rio Grande do Sul declarou nesta sexta-feira (3) estado de emergência em saúde pública em todo o estado “prevenção e enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com ênfase nas crianças”.
As SRAGs são acompanhadas de um quadro de hospitalização por quadros respiratórios, causados em grande parte pelos vírus da gripe (influenza) e da Covid-19 (coronavírus).
Os dados utilizados para justificar a decretação da emergência foram coletados entre 1º de janeiro e 8 de abril de 2024. A SES informou que, em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 246% de casos de doenças respiratórias no estado.
De acordo com o governo, esses fatores podem representar um elevado risco para a população, dado o potencial de extrapolação da capacidade de reação do sistema de saúde, em especial na área pediátrica.
O decreto terá vigência de 120 dias e poderá ser prorrogado conforme a evolução dos dados epidemiológicos.
A orientação é que durante esse período os hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) deverão priorizar a disponibilização de leitos clínicos de suporte ventilatório e de Unidade de Terapia Intensivo (UTI) para os casos de SRAG. Os municípios poderão estabelecer medidas complementares, de acordo com cada realidade.
Números no RSEm números absolutos, foram registrados até o momento 2.025 casos de hospitalização por SRAGs em 2024, resultando em 289 mortes.
De acordo com a SES, os principais vírus respiratórios identificados neste ano foram:
Covid-19 (54%);Influenza A (24%);VSR (20%)Em relação ao número de óbitos causados por eles, a ordem obedecida é a mesma, mas em porcentagem diferente:
Covid-19 (85%),Influenza A (13%)VSR (0,7%)