O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga a suposta omissão de autoridades nos atos extremistas de 8 de janeiro, quando houve a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O inquérito apura as condutas do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres durante os atos extremistas de janeiro.
A decisão também abrange Fernando Oliveira, ex-secretário de Segurança Pública interino do DF e delegado da Polícia Federal, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF.
O ministro cumpriu um pedido da Polícia Federal, que quer “concluir as diligências em curso e outras porventura determinadas”. A PF apontou sete pendências.
“Assim, considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, há necessidade de prorrogação do inquérito”, disse Moraes.
Invasão
Em 8 de janeiro, manifestantes que não aceitavam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 furaram o bloqueio da PMDF e invadiram os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte superior, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do Salão Verde, localizado dentro do edifício.
Leia mais: Manifestantes furam bloqueio da PM e invadem Congresso Nacional; veja vídeo